Kunsthalle Lissabon

Vista da exposição com Tentazioni (2016), Thinking WOW! (2016), Thinking WHAM! (2016), Thinking HUH! (2016), Thinking POW! (2016), Language is a Dancer (2016) e performance Dança sem título (2016). Foto: Bruno Lopes.

Vista da exposição com Tentazioni (2016), Thinking WOW! (2016), Thinking WHAM! (2016), Thinking HUH! (2016), Language is a Dancer (2016) e performance Dança sem título (2016). Bailarino: António Torres. Foto: Bruno Lopes.

Vista da exposição com Tentazioni (2016), Thinking POW! (2016), Language is a Dancer (2016) e performance Danç sem título (2016). Bailarino: António Torres. Foto: Bruno Lopes.

Vista da exposição com Tentazioni (2016), Thinking WOW! (2016), Thinking WHAM! (2016), Thinking HUH! (2016), Thinking POW! (2016) e Language is a Dancer (2016). Foto: Bruno Lopes.

Vista da exposição com Tentazioni (2016), Thinking KA-BOOM! (2016), Thinking WOW! (2016), Thinking WHAM! (2016), Thinking HUH! (2016) e Language is a Dancer (2016). Foto: Bruno Lopes.

Vista da exposição com Tentazioni (2016) e Thinking KA-BOOM! (2016). Foto: Bruno Lopes.

Vista da exposição com Tentazioni (2016), Thinking POW! (2016), Language is a Dancer (2016) e Fags (2016). Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Tentazioni (2016) e Fags (2016). Foto: Bruno Lopes.

Fags (2016). Foto: Bruno Lopes.

Fags (2016). Foto: Bruno Lopes.

Vista da exposição com Thinking WOW! (2016), Thinking WHAM! (2016), Thinking HUH! (2016), Language is a Dancer (2016) e performance Dança sem título (2016). Bailarino: António Torres. Foto: Bruno Lopes.

Vista da exposição com Thinking WOW! (2016), Thinking HUH! (2016), Language is a Dancer (2016) e performance Dança sem título (2016). Bailarino: António Torres. Foto: Bruno Lopes.

Thinking WOW! (2016). Foto: Bruno Lopes.

Le Voyeur (2016). Foto: Bruno Lopes

Jacopo Milani: A Slow Dance Without Name

A Kunsthalle Lissabon apresenta A Slow Dance Without Name, a primeira exposição individual em Portugal do artista italiano Jacopo Miliani, patente de 15 de abril a 11 de junho de 2016.

Jacopo Miliani trabalha principalmente com fotografia, instalação e performance. Estes diferentes media tem permitido ao artista desenvolver uma investigação sobre a forma como o espectador cria as suas próprias imagens e o significado a elas associado, através da comunicação e da linguagem. O recurso à performance, bem como a ferramentas e códigos associados ao teatro tenta questionar o papel e estatut do público e como nos posicionamos num mundo mediado por imagens que fazem parte do imaginário coletivo.

A Slow Dance Without Name é desenvolvida especificamente para a Kunsthalle Lissabon e apresenta uma investigação sobre o poder performativo da linguagem através do ato de desconstrução de uma acção performativa que explora a retórica do striptease. Toda a exposição faz referência a esta dança lenta, chamada Dança sem título (2016), e que terá lugar apenas durante a inauguração da exposição, tornando-se o ponto de partida para uma reflexão sobre a construção do desejo. A forma como o fluxo de desejo percorre todas as obras da exposição constitui-se como uma metáfora que permite questionar e repensar as condições para a construção de imaginários pessoais e coletivos.

Language is a Dancer (2016), um biombo preto construído a partir de três formas geométricas em madeira lacada, torna-se o palco onde a dança decorrerá durante a inauguração, dando corpo ao discurso de Miliani em torno da produção de desejo. A essência de um striptease pressupõe a existência de um observador. Este jogo de ver e não ver ou perceber e não perceber é, na sua essência, concebida para um público (o voyeur), sem o qual não poderia existir. Tentazioni (2016), outra peça-chave para este projeto, ocupa uma posição central no espaço expositivo da Kunsthalle Lissabon. As luvas gigantescas encontram-se preenchidas por um suposto fluxo sexual acumulado e são reminiscentes de formas culturais populares de representação sexual veiculadas pelos media.

Fags (2016) dá conta da presença de uma ausência. Alguns cigarros atirados ao chão molhado materializam a passagem do tempo, a espera durante a realização de uma dança, e refletem diretamente sobre o papel do espectador. Simultaneamente, a série de peças de parede, cinco esculturas em latão, possivelmente reminiscentes de balões de fala ou de pensamento, abordam diretamente os visitantes, refletindo não só a sua imagem, mas também, e mais importante, o seu olhar, forçando-os, de certa forma, a olhar para si próprios e, nesse processo, completar o trabalho eles próprios.

Jacopo Miliani (Florença, 1979) vive e trabalha em Milão. Estudou Belas Artes na Central Saint Martins em Londres. Uma seleção das suas exposições individuais e performances inclui Fig. 2, ICA, Londres (2015); Not with a Bang, CAB, Grenoble (2015); Odious Oasis, Studio Dabbeni, Lugano (2015); Gust, Baco Project Space, Bergamo (2014); Easy as… Simple as, Frutta Gallery, Roma (2014); If you can dance you will be my memory, David Roberts Art Foundation, Londres (2013); Stage Fright, Deutsche Bank Kunst Halle, Berlim (2013); Knowledge is good, Videoteca GAM, Turim (2013); PlayMakesPlay, Frutta Gallery, Roma (2012); Do you believe in mirages?, Ex 3, Florença (2012); Parallel words, irrelevant worlds, Project 38, Lucca (2010); Evet… Evet…, MARS, Milão (2009).

A Kunsthalle Lissabon é generosamente apoiada pela Foundation for Art Initiatives e pela Teixeira de Freitas, Rodrigues e Associados.

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