Kunsthalle Lissabon

Decapitação (Steve) (2010). Projecção de diapositivo p/b 35mm

Decapitação (Steve) (2010). Projecção de diapositivo p/b 35mm

Para um Teatro Pobre (2010). Poster em impressão lambda. Leitura do texto Para um Teatro Pobre durante o período de exposição

Para um Teatro Pobre (2010). Poster em impressão lambda. Leitura do texto Para um Teatro Pobre durante o período de exposição

O Celibatário (2010). Pinho marítimo, linho

O Inverno do nosso Descontentamento (2010). Leopoldo de Almeida, Nicolau Coelho, 1948 . Gesso patinado. Colecção Museu da Cidade CML |Lisboa (MC.ESC.137)

O Inverno do nosso Descontentamento (2010). Leopoldo de Almeida, Nicolau Coelho, 1948 . Gesso patinado. Colecção Museu da Cidade CML |Lisboa (MC.ESC.137)

André Romão: O Inverno do (nosso) descontentamento

A Kunsthalle Lissabon apresenta a primeira exposição individual de André Romão, O Inverno do (nosso) descontentamento. A prática do artista explora não apenas as sobreposições, mas também as falhas e ausências de sentido na contiguidade entre referências e episódios históricos, literários e artísticos. Tal exploração tem como objectivo a abertura de um campo de significado lato, um terreno movediço entre ética e estética, politica e poética, historiografia e misticismo. Romão efectua uma pesquisa contínua sobre o que se pode desocultar de terrivelmente humano na produção cultural, na inevitabilidade das transições na ciclicidade histórica e permanência de conceitos.

O titulo da exposição surge por duas vias; por uma lado, “inverno do descontentamento”, nome genérico de um período de greves e contestação social em Inglaterra durante a década de setenta do séc XX; por outro, “ò inverno do nosso descontentamento, convertido agora em glorioso verão...”, uma famosa citação da peça Ricardo III de Shakespeare, que dá conta da mudança de fortuna para a casa de York. As duas referências apontam para períodos de mudança, e são esses momento de passagem, com as sua falhas, sobreposições, energia e medo de transição, que se pode dizer que constituem o cerne dos trabalhos agora apresentados.

O projecto para a Kunsthalle Lissabon surge no seguimento de projectos anteriores (Nada dura para sempre, Galeria Pedro Cera, Lisboa e Tudo dura para sempre, Pavilhão Branco, Museu da Cidade, Lisboa) que podem ser considerados como constitutivos de um ciclo de trabalho genericamente intitulado O Estado perfeito, no qual Romão investiga o posicionamento do indivíduo na comunidade humana (histórica, política, social, emocional) e no confronto com o inevitável decorrer do tempo.

André Romão nasceu em Lisboa em 1984 e vive actualmente em Berlim. Licenciado em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa é actualmente bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian na Künstlerhaus Bethanien em Berlim. Tendo iniciado a sua actividade expositiva em meados dos anos 2000, destaca-se a sua participação nas seguintes exposições: O Sol morre cedo, Pavilhão Branco - Museu da Cidade, Lisboa (2009); Democracia entre Tiranos, Galeria Pedro Cera, Lisboa (2009); JENSEITS, EnBlanco, Berlim (2009); Ocorrência, Galeria Baginski, Lisboa, (2008); Luoghi per Eroi, Vianuova-Arte Contemporanea, Florença (2008) e A river ain’t too much to love, Spike Island, Bristol (2008). Em 2007 venceu o Prémio EDP Novos Artistas. É representado pela Galeria Baginski, Lisboa.

Exposição financiada pelo Ministério da Cultura / DGArtes.

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