Kunsthalle Lissabon

Buracos pré-históricos (2016). Aparite, fita adesiva. Foto: Bruno Lopes

Buracos pré-históricos (2016). Aparite, fita adesiva. Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Modelos para uma sociedade qualitativa (2016) e Buracos pré-históricos (2016). Foto: Bruno Lopes

Modelos para uma sociedade qualitativa (2016). Acácia negra pintada, aço pintado. Foto: Bruno Lopes

Modelos para uma sociedade qualitativa (2016). Acácia negra pintada, aço pintado. Foto: Bruno Lopes

Modelos para uma sociedade qualitativa (2016). Acácia negra pintada, aço pintado. Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Modelos para uma sociedade qualitativa (2016) e Peça telefónica (2016). Foto: Bruno Lopes

Peça telefónica (2016). Serigrafia. Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Todos os nossos amanhãs (2016) – cortesia da LUMA Foundation, Horror a ar condicionado (2016), Como as coisas aparecem, segundo Carlo Scarpa (2016) e Imagem persistente (2016) Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Todos os nossos amanhãs (2016) – cortesia da LUMA Foundation, Horror a ar condicionado (2016), Como as coisas aparecem, segundo Carlo Scarpa (2016) e Imagem persistente (2016) Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Horror a ar condicionado (2016), Como as coisas aparecem, segundo Carlo Scarpa (2016) e Imagem persistente (2016) Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Horror a ar condicionado (2016), Como as coisas aparecem, segundo Carlo Scarpa (2016), Imagem persistente (2016) e Todos os nossos amanhãs (2016) – cortesia da LUMA Foundation. Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Horror a ar condicionado (2016), Como as coisas aparecem, segundo Carlo Scarpa (2016) e Imagem persistente 3 (2016) Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Como as coisas aparecem, segundo Carlo Scarpa (2016), Imagem persistente 3 (2016), Horror a ar condicionado (2016) e Todos os nossos amanhãs (2016) – cortesia da LUMA Foundation. Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Como as coisas aparecem, segundo Carlo Scarpa (2016), Imagem persistente 3 (2016), Horror a ar condicionado (2016) e Todos os nossos amanhãs (2016) – cortesia da LUMA Foundation. Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Todos os nossos amanhãs (2016) – cortesia da LUMA Foundation, Como as coisas aparecem, segundo Carlo Scarpa (2016), Imagem persistente 4 (2016). Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Todos os nossos amanhãs (2016) – cortesia da LUMA Foundation, Como as coisas aparecem, segundo Carlo Scarpa (2016), Imagem persistente 4 (2016). Foto: Bruno Lopes

Como as coisas aparecem, segundo Carlo Scarpa (2016) e Imagem persistente 4 (2016). Foto: Bruno Lopes

Como as coisas aparecem, segundo Carlo Scarpa (2016) e Imagem persistente 4 (2016). Foto: Bruno Lopes

Como as coisas aparecem, segundo Carlo Scarpa (2016), Imagem persistente 3 (2016), Horror a ar condicionado (2016) e Todos os nossos amanhãs (2016) – cortesia da LUMA Foundation, Como as coisas aparecem, segundo Carlo Scarpa (2016) e Imagem persistente 5 (2016). Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Todos os nossos amanhãs (2016) – cortesia da LUMA Foundation-, Como as coisas aparecem, segundo Carlo Scarpa (2016) e Imagem persistente 5 (2016). Foto: Bruno Lopes

Como as coisas aparecem, segundo Carlo Scarpa (2016) e Imagem persistente 5 (2016). Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Como as coisas aparecem, segundo Carlo Scarpa (2016), Imagem persistente 5 (2016) e Todos os nossos amanhãs (2016) – cortesia da LUMA Foundation. Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Todos os nossos amanhãs (2016) – cortesia da LUMA Foundation, Como as coisas aparecem, segundo Carlo Scarpa (2016) e Imagem persistente 5 (2016). Foto: Bruno Lopes

Céline Condorelli: Concrete Distractions

A Kunsthalle Lissabon apresenta Concrete Distractions, a primeira exposição individual de Céline Condorelli em Portugal, patente de 24 de junho a 1 de outubro de 2016.

Céline Condorelli tem vindo a conceber um extenso corpo de trabalho que desenvolve diferentes possibilidades de viver e trabalhar em conjunto, através de noções como espaço público, instituições, política, os comuns, ficção e articulação. A prática de Condorelli está empenhada numa exploração continuada de elementos menos explícitos daquelas estruturas e mecanismos de enquadramento através dos quais um indivíduo interage com o mundo, sejam eles culturais, económicos, materiais, sociais ou políticos (os aparatos de visibilidade frequentemente tidos como certos ou garantidos e que a artista apelida de “estruturas de suporte”). O seu trabalho “foca-se assim na ação de dar a ver, de mostrar, na sua natureza material e temporal deste gesto, precisamente porque o ato de dar a ver implica fronteiras e classificações, tabus e hierarquias. Dito de outro modo, existe sempre a consciência implícita de uma visibilidade organizada que é institucionalizada, inscrita no espaço social, ainda que possa advir de um simples suporte expositivo”.[1]

Para Concrete Distractions, os elementos na exposição são concebidos como portais, fronteiras ou limites, agindo simultaneamente como obstáculos e pontos de acesso. Um ecrã bloqueia a entrada na instituição enquanto uma cortina reconfigura completamente o espaço expositivo. Condorelli apresenta e problematiza aquilo que pode ser considerado como muito simples, até mesmo banais, dispositivos espaciais que, na verdade, estabelecem sistemas binários de visibilidade que operam através de lógicas de inclusão e exclusão, de esconder e revelar, de conceder e recusar acesso, dividindo espaço e tempo.

No espaço do escritório encontra-se uma série de piões, relacionando-se diretamente com a proposta de Lina Bo Bardi sobre o que um museu deveria conter: uma coleção, cultura popular e um parque de recreio. O interesse de Condorelli por recreios também surge pela sua possibilidade de permitirem uma intimidade com a forma que não encontra semelhante noutros objetos culturais. Os piões em Concrete Distractions funcionam simultaneamente como modelos para possíveis carrosséis (e outros recreios passados ou futuros) e como elementos que permitem transformar o escritório da Kunsthalle Lissabon num recreio, convidando tanto a equipa como os visitantes a jogar com eles.

Céline Condorelli vive e trabalha em Londres e Milão. Recentemente fez dois carrosséis completamente funcionais para a exposição Playgrounds, MASP, São Paulo (2016) continuando a sua investigação sobre o museu enquanto recreio. Exposições e projetos recentes incluem a 20ª Bienal de Sidney (2016); Display Show, Stroom den Haag, Haia; Eastside Projects, Birmingham and Temple Bar Gallery, Dublin (2015-2016); bau bau, HangarBicocca, Milão (2015); Visions at Work, Tensta Konsthall, Estocolmo (2015); Positions, Van Abbemuseum, Eindhoven (2014); Céline Condorelli, Chisenhale Gallery, Londres (2014); Disobedience Archive, Castello di Rivoli, Turim (2013); Surrounded by the Uninhabitable, SALT Beyoglu, Istambul (2013).

A Kunsthalle Lissabon é generosamente apoiada pela Foundation for Art Initiatives e pela Teixeira de Freitas, Rodrigues e Associados.

[1] De How Things Appear: Celine Condorelli’s Counter-Display, de Marco Scotini, incluido na publicação Céline Condorelli, bau bau, Mousse publishing, 2016.

Read Room Page