Kunsthalle Lissabon

Super Gibraltar I (2015). DV Pal cor, som, 10’54’’. Foto: Bruno Lopes

Super Gibraltar I (2015). DV Pal cor, som, 10’54’’. Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Gibraltar I (2015), Gibraltar II (2015) e Gibraltar III (2015). Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Gibraltar II (2015) e Gibraltar III (2015). Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Gibraltar II (2015) e Gibraltar III (2015). Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Gibraltar II (2015) e Gibraltar III (2015). Foto: Bruno Lopes

Gibraltar II (2015). Tinta da china e tinta da china colorida sobre papel, agrafos, cabides, tubo de antena, cabo de aço. Foto: Bruno Lopes

Gibraltar II (2015). Tinta da china e tinta da china colorida sobre papel, agrafos, cabides, tubo de antena, cabo de aço. Foto: Bruno Lopes

Gibraltar III (2015). Grafite, marcador e papel vegetal sobre papel. Foto: Bruno Lopes

Gibraltar III (2015). Grafite, marcador e papel vegetal sobre papel. Foto: Bruno Lopes

Luís Lázaro Matos: Super Gibraltar

A Kunsthalle Lissabon apresenta Super Gibraltar, a primeira exposição individual de Luís Lázaro Matos em Portugal, patente de 16 de outubro a 19 de dezembro de 2015.

O interesse de Luís Lázaro Matos por Gibraltar surge através de um texto de Ferreira de Castro publicado na revista A Volta ao Mundo em 1942, no qual o autor explica de forma eloquente a existência de uma crença que afirma que enquanto o macaco-de-gibraltar se mantiver naquele Rochedo, o território manter-se-á sob domínio britânico.

O macaco-de-gibraltar (Macaca sylvanus) é um macaco do Velho Mundo que se encontra atualmente em algumas zonas reduzidas dos Montes Atlas, no norte de África, e no Rochedo de Gibraltar, no sul da Península Ibérica. É o único primata, além do homem, que pode encontrar-se atualmente em liberdade na Europa.

A superstição narrada por Ferreira de Castro, ligando de forma aparentemente inexplicável ecologia e geo-política, reconduziu Lázaro Matos a uma ideia que tinha já explorado anteriormente, a de um futurismo reprodutor, ou seja, a ideia de que o futuro (ou a manutenção de um presente) depende de um processo fundamentalmente biológico, a reprodução. No caso concreto de Gibraltar, e da sua crença, o estatuto político do território encontra-se assim dependente de um animal que, ainda que sendo um primata e por isso próximo do homem, é fundamentalmente irracional.

Luís Lázaro Matos (Évora, 1987) vive e trabalha em Lisboa. Estudou Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e Art Practice no Goldsmiths College, University of London. Das suas exposições destacam-se One! Two! Three! Position!, Hinterconti, Hamburgo, Alemanha (2013); Houses on Punta Massulo (Houses for Exile), Neoterismoi Tomazou, Nicósia, Chipre (2013); Ein Raum und der hatte keine Richtung, Echoraum, Bundeskunsthalle, Bona, Alemanha (2012) e apresentou Models for Solitude no Old School, em Lisboa (2014). Foi nomeado para a edição de 2013 do Prémio Novos Artistas da Fundação EDP.

A Kunsthalle Lissabon é um projeto financiado pelo Governo de Portugal/Secretaria de Estado da Cultura, através da Direção-Geral das Artes. A Kunsthalle Lissabon é generosamente apoiada pela Teixeira de Freitas, Rodrigues e Associados e pela Fundação EDP.

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