Kunsthalle Lissabon

Vista da Instalação com Echo Chamber (2012) de Melvin Moti, Three women - Three children / Triptychon (1993) e 2 portraits / Dyptychon (for Daniel Spoerri) (1990) de Ludwig Gosewitz. Foto: Bruno Lopes

Vista da instalação com Echo Chamber (2012) e Atlas Eclipticalis (2012) de Melvin Moti e Three women - Three children / Triptychon (1993) e 2 portraits / Dyptychon (for Daniel Spoerri) (1990) de Ludwig Gosewitz. Foto: Bruno Lopes

Vista da instalação com Echo Chamber (2012) e Atlas Eclipticalis (2012) de Melvin Moti e Three women - Three children / Triptychon (1993) de Ludwig Gosewitz. Foto: Bruno Lopes

Vista da instalação com Echo Chamber (2012) de Melvin Moti e Three women - Three children / Triptychon (1993) de Ludwig Gosewitz. Foto: Bruno Lopes

Vista da instalação com Echo Chamber (2012) e Atlas Eclipticalis (2012) de Melvin Moti e Three women - Three children / Triptychon (1993) de Ludwig Gosewitz. Foto: Bruno Lopes

Vista da instalação com 2 portraits / Dyptychon (for Daniel Spoerri) (1990) de Ludwig Gosewitz. Foto: Bruno Lopes

Melvin Moti, Echo Chamber (2012). Vidro. Foto: Bruno Lopes

Melvin Moti, Echo Chamber (2012). Vidro. Foto: Bruno Lopes

Melvin Moti. Atlas Eclipticalis (2012). Tinta. Foto: Bruno Lopes

Melvin Moti. Atlas Eclipticalis (2012). Tinta. Foto: Bruno Lopes

Ludwig Gosewitz, Three women - Three children / Triptychon (1993). Desenho. Foto: Bruno Lopes

Ludwig Gosewitz, Three women - Three children / Triptychon (1993). Desenho. Foto: Bruno Lopes

Ludwig Gosewitz, Three women - Three children / Triptychon (1993). Desenho. Foto: Bruno Lopes

Ludwig Gosewitz, 2 portraits / Dyptychon (for Daniel Spoerri) (detail) (1990). Desenho. Foto: Bruno Lopes

Ludwig Gosewitz, 2 portraits / Dyptychon (for Daniel Spoerri) (detail) (1990). Desenho. Foto: Bruno Lopes

Melvin Moti: Echo Chamber

A Kunsthalle Lissabon apresenta Echo Chamber, a primeira exposição do artista holandês Melvin Moti em Portugal. O título da exposição chega por via do que E.M. Forster descreve como um espaço no qual os escritores dialogam generosamente entre si, através do tempo e do espaço.

Ludwig Gosewitz (1936, Naumburg - 2007, Bad Berka) foi um artista reconhecido sobretudo pela sua contribuição para o movimento Fluxus. No seu corpo de trabalho mais precioso, Gosewitz encontrou uma forma de traduzir informação científica sobre planetas e constelações através de diagramas geométricos e mapas coloridos. Além disso, o artista fazia também versões desenhadas de mapas astrais de amigos e colegas artistas. No entanto, a partir de 1971, Gosewitz começou a produzir os seus menos conhecidos objectos em vidro soprado. O processo imprevisível de soprar vidro segue exactamente uma lógica oposta à dos desenhos geométricos pelos quais é reconhecido. Posteriormente, Gosewitz acabou por se tornar professor de arte em vidro na Academia de Arte em Munique.

No filme mais recente de Moti, o vidro desempenha um papel central. Provenientes da coleção do Victoria and Albert Museum em Londres, um conjunto de peças de vidro foram filmadas a flutuar no espaço, uma exposição de ficção científica em forma de filme. Depois de ter trabalhado com os vidros vitorianos durante meses, pesquisando e procurando por peças iguais às da coleção do V&A em antiquários, Moti começou a sentir a necessidade de fazer as suas próprias peças em vidro. Outra inspiração para o projecto da Kunsthalle Lissabon consiste na peça de Marcel Duchamp The Large Glass (1915-23) e na forma como esta permite uma viagem por diferentes camadas de vidro, cada uma narrando um cenário diferente, como se se tratasse de uma peça com uma duração específica. Isto conduziu Moti a produzir as suas próprias peças de vidro, um conjunto de esferas, nas quais tanto a textura como a forma do vidro faz referência à superfície de planetas. A exposição funciona assim como um canal de comunicação entre diferentes gerações de artistas e, em particular, Ludwig Gosewitz; um universo no qual astrologia e astronomia se fundem numa constelação de ideias partilhadas.

Melvin Moti nasceu em 1977 em Roterdão, onde vive e trabalha. Estudou na Academie Voor Beeldende Vorming em Tilburg, Holanda, de 1995 a 1999 e esteve em residência nos De Ateliers em Amsterdão de 1999 a 2001, onde agora é tutor. O seu trabalho foi já mostrado em inúmeras instituições europeias, destacando-se o FRAC Champagne, em Reims, o Stedelijk Museum em Amesterdão, o Museum für Moderne Kunst em Frankfurt e a Kunstverein Köln, em Colónia. Participou na 5ª Bienal de Berlim e apresentou recentemente exposições individuais no Wiels, em Bruxelas, na Galleria Civica di Arte Contemporanea di Trento, no MIT List Visual Arts Center, nos EUA e no MUDAM, no Luxemburgo.

A exposição Echo Chamber é generosamente apoiada pela Fundação Calouste Gulbenkian e pelo Mondriaan Fund e conta também com o apoio à produção por parte do VICARTE - Vidro e Cerâmica para as Artes.

Read Room Page