Kunsthalle Lissabon

Vista da exposição com Mad (2014) e Mum (2014). Foto: Bruno Lopes

Mad (2014). Travesseiro em lã verde com debrum, travesseiro em camurça rosa, travesseiro em veludo castanho com pelo de coelho, gaiola, canário, troncos e pedras falsas, borlas. Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Mad (2014) e Mum (2014). Foto: Bruno Lopes

Mad (2014). Travesseiro em lã verde com debrum, travesseiro em camurça rosa, travesseiro em veludo castanho com pelo de coelho, gaiola, canário, troncos e pedras falsas, borlas. Foto: Bruno Lopes

Mad (2014). Travesseiro em lã verde com debrum, travesseiro em camurça rosa, travesseiro em veludo castanho com pelo de coelho, gaiola, canário, troncos e pedras falsas, borlas. Foto: Bruno Lopes

Mad (2014). Travesseiro em lã verde com debrum, travesseiro em camurça rosa, travesseiro em veludo castanho com pelo de coelho, gaiola, canário, troncos e pedras falsas, borlas. Foto: Bruno Lopes

Mister (2014). Almofadas em ganga, algodão e tela, debrum e guarnições, borla. Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Mad (2014) e Mister (2014). Foto: Bruno Lopes

Mister (2014). Almofadas em ganga, algodão e tela, debrum e guarnições, borla. Foto: Bruno Lopes

Mister (2014). Almofadas em ganga, algodão e tela, debrum e guarnições, borla e performance. Foto: Bruno Lopes

Mister (2014). Almofadas em ganga, algodão e tela, debrum e guarnições, borla e performance. Foto: Bruno Lopes

Mister (2014). Almofadas em ganga, algodão e tela, debrum e guarnições, borla e performance. Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Mister (2014) e Mum (2014). Foto: Bruno Lopes

Mum (2014). Borla de 200 cm, cordão, malha, sanefa, veludo e hera. Foto: Bruno Lopes

Mum (2014). Borla de 200 cm, cordão, malha, sanefa, veludo e hera. Foto: Bruno Lopes

Mum (2014). Borla de 200 cm, cordão, malha, sanefa, veludo e hera. Foto: Bruno Lopes

Mum (2014). Borla de 200 cm, cordão, malha, sanefa, veludo e hera. Foto: Bruno Lopes

Mum (2014). Borla de 200 cm, cordão, malha, sanefa, veludo e hera. Foto: Bruno Lopes

Vista da exposição com Mad (2014), Mum (2014) e Mister (2014). Foto: Bruno Lopes

Thought (ice cubes), 2014. Cubos de gelo falsos, água. Foto: Bruno Lopes

Patrizio Di Massimo: Me, Mum, Mister, Mad

A Kunsthalle Lissabon apresenta Me, Mum, Mister, Mad, a primeira exposição individual do artista italiano Patrizio Di Massimo em Portugal.

Me, Mum, Mister, Mad é uma exposição construída como um retrato de família. No título, a letra inicial do pronome inglês me substitui a das outras personagens, O espaço expositivo é assim habitado por três instalações que retratam as figuras do Pai, da Irmã e da Mãe. Me é o que acaba por se tornar visível na presença destas três representações, que substituem membros da família por composições de estofos, almofadas e guarnições. Cada uma delas evoca, à sua própria maneira, a relação entre o biográfico e o doméstico, o familiar e o estranho, o material e o virtual, o estático e o performativo. O Pai é Mad. Esta é a primeira personagem que o visitante encontra na exposição. Encontra-se numa sala separada e é constituído por três travesseiros de grandes dimensões, fabricados com diferentes têxteis e sobrepostos como num jogo de mikado e por um conjunto de gaiolas com canários. No papel da Irmã encontramos Mister, uma pilha de almofadas encostadas a uma porta fechada. Por vezes os membros de uma rapariga podem ser vislumbrados debaixo destas almofadas, e tal constitui-se como uma performance. As almofadas são feitas de algodão, adornadas com franjas, ou formas pintadas.

A Mãe, por fim, é representada como Mum, uma cortina colocada numa das janelas da Kunsthalle Lissabon. É composta por uma sanefa, uma borla sobre-dimensionada, tecido translúcido cor de pele e uma planta trepadeira. De acordo com Di Massimo, a nossa relação com os objetos domésticos é definida tanto como abstração como figuração. Se o preço a pagar pela nossa civilização ocidental e a domesticidade que lhe dá corpo consiste na repressão de alguns desejos e medos básicos, então os objetos que usamos para esse fim podem cumprir a função oposta e trazer de volta à superfície algumas das nossas memórias pessoais mais submersas. O retrato de família, um género clássico na história da arte, continua o interesse do artista por temas como, por exemplo, a ausência da orfandade (Without Orphanhood, 2007). O auto-retrato é, de facto, fundamental na prática de Di Massimo, fazendo a ligação deste novo projeto com trabalhos anteriores como Untitled (My Father Emulating Me), 2007, ou Portrait of the Artist as an Old Man, 2012.

O novo corpo de trabalho agora apresentado na Kunsthalle Lissabon continua a exploração do uso de móveis e têxteis domésticos como ferramentas num processo de representação alegórica que Di Massimo iniciou no projeto Lustful Turk, Villa Medici, Roma (2012), e Gasworks, Londres (2013); na exposição I Want to Live Like This, T293, Roma, 2012; e também no projeto Monologue for Two (2013). Me, Mum, Mister, Mad é uma co-produção com o M HKA, Museu de Arte Contemporânea de Antuérpia, para onde viaja como parte da exposição coletiva Don’t You Know Who I Am? Art after Identity Politics, com curadoria de Anders Kreuger e Nav Haq.

Patrizio Di Massimo (Jesi, Itália, 1983) vive e trabalha em Londres. Di Massimo estudou na Academia de Belas Artes de Brera, em Milão e obteve o seu MA na Slade School of Fine Art, em Londres. Foi artista residente na Stipendium Kunstzeitraum, Munique (2012), de Ateliers, Amsterdão (2009-2011) e Sommerakademie at Centre Paul Klee, Berna (2010). As suas exposições individuais recentes incluem The Lustful Turk, Gaswork, Londres (2013); I want to live like this, T293, Roma (2013); Il Turco Lussurioso, Villa Medici, Roma (2012) e uma performance no Stedelijk Museum como parte do seu programa público (2012). Durante o ano passado participou nas seguintes exposições coletivas Souvenir, Galerie Emanuel Perrotin, Paris; The 338 Hour Cineclub, Fondazione Sandretto Re Rebaudengo; It may be that beauty has strengthened our resolve, ParaSite, Hong Kong. Em 2012 foi um dos finalistas do Premio Italia 2012, realizado no MAXXI, Roma e participou em La Storia che non ho vissuto (testimone indiretto), Castello di Rivoli, Rivoli; Ritual without Myth, Royal College of Art, Londres. Uma seleção de exposições anteriores em que participou inclui One caption hides another, Betonsalon, Paris (2011); Prague Biennale 5 (2011); Tous Cannibales, Maison Rouge, Paris (2011); See Reason, Stedelijk Bureau Museum of Amsterdam (2011); Let Us Compare Mythologies, Witte de With, Roterdão (2010); Low Dèco, Villa Necchi Campiglio, Milão (2010); Tutta la memoria del mondo, GAM, Turim (2010); Patrizio Di Massimo, Zilkha Auditorium, Whitechapel Art Gallery, Londres (2009). Em 2010 foi o curador, em parceria com Vincent Honoré, da exposição More Pricks Than Kicks na David Roberts Art Foundation, Londres.

Kunsthalle Lissabon é generosamente apoiada pela Teixeira de Freitas, Rodrigues e Associados.

Read Room Page