Kunsthalle Lissabon

Sheroanawe Hakihiiwe, Urihi theri, 2021. Vista da exposição Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Sheroanawe Hakihiiwe, Urihi theri, 2021. Wakari / Fruta doce da floresta tropical, 2019. Acrílico sobre papel preparado 50 x 70 cm. Cortesia: ABRA, Caracas, Venezuela. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Sheroanawe Hakihiiwe, Urihi theri, 2021. Vista da exposição com Wakari / Fruta doce da floresta tropical, 2019; Konopo hena / Palmeira konopo, 2019; Shitipa si / Palmeira, 2019. Cortesia: ABRA, Caracas, Venezuela. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Sheroanawe Hakihiiwe, Urihi theri, 2021. Vista da exposição com Konopo hena / Palmeira konopo, 2019; Shitipa si / Palmeira, 2019; Sem título (da serie Urihi theri) II, 2020. Cortesia: ABRA, Caracas, Venezuela. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Sheroanawe Hakihiiwe, Urihi theri, 2021. Vista da exposição com Konopo hena / Palmeira konopo, 2019; Shitipa si / Palmeira, 2019. Cortesia: ABRA, Caracas, Venezuela. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Sheroanawe Hakihiiwe, Urihi theri, 2021. Sem título (da serie Urihi theri) II, 2020. Acrílico sobre tecido 93 x 395 cm. Cortesia: ABRA, Caracas, Venezuela. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Sheroanawe Hakihiiwe, Urihi theri, 2021. Vista da exposição Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Sheroanawe Hakihiiwe, Urihi theri, 2021.Vista da exposição com Kopina mipe / Vespeiro, 2019; Mishimishima tahiyape / Arbusto da floresta tropical, 2019; Hareremi kaweiki / Barba de inseto, 2019; Warimahi akataju / Meia árvore de Ceiba, 2019; Sem título (da serie Urihi theri) I, 2020. Cortesia: ABRA, Caracas, Venezuela. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Sheroanawe Hakihiiwe, Urihi theri, 2021. Vista da exposição com Kopina mipe / Vespeiro, 2019; Mishimishima tahiyape / Arbusto da floresta tropical, 2019; Hareremi kaweiki / Barba de inseto, 2019; Warimahi akataju / Meia árvore de Ceiba, 2019. Cortesia: ABRA, Caracas, Venezuela. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Sheroanawe Hakihiiwe, Urihi theri, 2021. Hareremi kaweiki / Barba de inseto, 2019. Acrílico sobre papel preparado 50 x 70 cm. Cortesia: ABRA, Caracas, Venezuela. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Sheroanawe Hakihiiwe, Urihi theri, 2021. Sem título (da serie Urihi theri) I, 2020. Acrílico sobre tecido 95 x 293 cm. Cortesia: ABRA, Caracas, Venezuela. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Sheroanawe Hakihiiwe, Urihi theri, 2021. Vista da exposição com Sem título (da serie Urihi theri) I, 2020; Seiseimi kona (cantar como as cigarras), 2020. Cortesia: ABRA, Caracas, Venezuela. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Sheroanawe Hakihiiwe, Urihi theri, 2021. Vista da exposição com Seiseimi kona (cantar como as cigarras), 2020; Konopo hena / Palmeira konopo, 2019; Shitipa si / Palmeira, 2019. Cortesia: ABRA, Caracas, Venezuela. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Sheroanawe Hakihiiwe, Urihi theri, 2021. Seiseimi kona (cantar como as cigarras), 2020. Acrílico sobre tecido 175 x 454 cm. Cortesia: ABRA, Caracas, Venezuela. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Sheroanawe Hakihiiwe: Urihi theri

A Kunsthalle Lissabon apresenta Urihi theri, a primeira exposição individual na Europa do artista venezuelano Yanomami, Sheroanawe Hakihiiwe.

Hakihiiwe vive e trabalha na comunidade Yanomami de Mahekoto-teri, localizada nas margens do Rio Orinoco, na Amazónia venezuelana.

A exposição estará aberta ao público de 7 de abril a 5 de junho de 2021. Devido às medidas de segurança da COVID-19, não haverá um evento de abertura.

Em Yanomami Urihi theri significa "o lugar da selva," mas, de acordo com uma abordagem muito pessoal do artista, pode antes entender-se como "a selva é uma comunidade em si".

Uma nova série de três grandes pinturas sobre tecido intituladas Urihi abrirá a exposição na Kunsthalle Lissabon. Flutuando no espaço, as grandes paisagens horizontais mostram-nos vulcões, árvores e outros elementos vegetais, e revelam e escondem, por sua vez, uma série de desenhos realizados em papel feito com fibras naturais selecionadas pelo artista.

Através destas linhas delicadas, Hakihiiwe oferece um compêndio dos animais, plantas e características naturais do Alto Orinoco, utilizando uma paleta reduzida de cores que se assemelha à utilizada pela sua comunidade para decorar utensílios do dia-a-dia ou desenhar sobre o corpo. Mais recentemente, o artista começou a incorporar cores vibrantes em algumas das suas obras. Mesmo que Hakihiiwe tenha usado corantes naturais em algumas das suas obras, devido às complicações relacionadas com o transporte desses pigmentos do Amazonas, ele recorre agora principalmente a tintas acrílicas ou outras tintas industriais.

O trabalho de Hakihiiwe está intimamente relacionado com Urihi (a selva), onde vive com a sua comunidade e de onde obtêm o seu sustento diário de uma forma que lhes permite viver em harmonia com o seu ambiente. A sua prática tem-se vindo a centrar na transmissão de memórias orais, mitos, tradições ancestrais e a cosmogonia dos Yanomami, preservando-os da gradual obsolescência e esquecimento.

Sheroanawe Hakihiiwe (Sheroana, Amazonas, 1971) iniciou a sua carreira no início dos anos 90 quando aprendeu a fazer papel a partir de fibras nativas como Shiki ou Abaca com a artista mexicana Laura Anderson Barbata e fundou com ela o projeto comunitário sobre a fabricação de papel artesanal 'Yanomami Owë Mamotima' no Platanal, Amazonas. A primeira publicação editada pela comunidade, "Shaponno: la casa comunitaria" (Shaponno: a casa comunitária), recebeu o prémio de Melhor Livro do Ano 2000 da Venezuela. Hakihiiwe participou em inúmeras exposições coletivas, tais como: "A Natural History of Ruins" no Pivô, São Paulo em 2021; a 11ª Bienal de Berlim em 2020; " Garden of Six Seasons " no Para Site & Soho House, Hong Kong em 2020; "Cuando entras y sales", Instituto de Visión, Bogotá em 2020; "Amazonías- Colección Museo de Lima", Centro de Arte Matadero, Madrid em 2019; "Ganar perdiendo" no CentroCentro, Palacio de Cibeles, Madrid em 2019; "Le jour des esprits est notre nuit" no Centre Rhénan d'art Contemporain - CRAC, na Alsácia, França em 2019; Arco Madrid, Feira de Arte. Madrid, em 2019; "Conjuro de Ríos", Universidad Nacional de Colombia, Bogotá em 2018; "Bienal de Arte de Curitiba", Brasil em 2013; "Bienal Internacional de Artes Indígenas Contemporáneas", Conaculta México DF, em 2012; e "Among Tender Roots", Columbia College Chicago, Center for Books and Paper, EUA em 2010.

O seu trabalho foi exposto individualmente em Caracas na Oficina#1 (2010 e 2013), no Museo de la Estampa y Diseño Carlos Cruz-Diez (2016), bem como na Galeria Abra (2017). A obra de Sheroanawe Hakihiiwe foi premiada com o Premio Refresh Irinox na Artissima, em Turim, Itália e com o Prémio Illy Sustainable Art no Arco Madrid em 2019. Foi galardoado com o Primeiro Prémio na Bienal Internacional de Artes Indígenas Contemporáneas Conaculta DF, México em 2012.

A Kunsthalle Lissabon é generosamente apoiada pela República Portuguesa / DGArtes e pela Coleção Maria e Armando Cabral.

Read Room Page