Kunsthalle Lissabon

Trevor Shimizu, Unfollowers (2) (2019), óleo sobre tela; Unfollowers (3) (2019). Óleo sobre tela. Cortesia do artista e da 47 Canal. Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu: Performance Artist. Vista da exposição com Unfollowers (2) (2019); Unfollowers (3) (2019); The Lonely Loser Trilogy: Skate Videos (2014); Self-Portrait Asian Heartthrob (2008). Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu: Performance Artist. Vista da exposição com The Lonely Loser Trilogy: Mountain Bikes (2014), video monocanal, cor, som, Institute of Contemporary Art, University of Pennsylvania em Kunsthalle Lissabon. Cortesia do artista e da Electronic Arts Intermix (EAI). Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu: Performance Artist. Vista da exposição com Deleted Stories and Unused Story Ideas (2018–2019); Rage Against the Machine and The Red Hot Chili Peppers Live at the Tibetan Freedom Concert (1996–2019); Happy Friends Day (2016–2019); Inside Out Toys Unboxing (Compilation): Fear, Disgust, Joy, Bing Bong, Sadness, Anger (2017–2019); Unfollowers (2) (2019). Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu: Performance Artist. Vista da exposição com Happy Friends Day (2016–2019). Óleo sobre tela, iphone, video monocanal, cor, som, Institute of Contemporary Art, University of Pennsylvania em Kunsthalle Lissabon. Cortesia do artista e da 47 Canal. Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu: Performance Artist. Happy Friends Day (2016–2019) pormenor, Institute of Contemporary Art, University of Pennsylvania em Kunsthalle Lissabon. Cortesia do artista e da 47 Canal. Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu: Performance Artist. Vista da exposição com Happy Friends Day (2016–2019); Inside Out Toys Unboxing (Compilation): Fear, Disgust, Joy, Bing Bong, Sadness, Anger (2017–2019); Unfollowers (2) (2019); Unfollowers (3) (2019). Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu: Performance Artist. Vista da exposição com Inside Out Toys Unboxing (Compilation): Fear, Disgust, Joy, Bing Bong, Sadness, Anger (2017–2019), óleo sobre tela, monitor, e 6 videos monocanal, cor, som, Institute of Contemporary Art, University of Pennsylvania em Kunsthalle Lissabon. Cortesia do artista e da 47 Canal. Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu: Performance Artist. Vista da exposição com Rage Against the Machine and The Red Hot Chili Peppers Live at the Tibetan Freedom Concert (1996–2019); Happy Friends Day (2016–2019). Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu: Performance Artist. Vista da exposição com Rage Against the Machine and The Red Hot Chili Peppers Live at the Tibetan Freedom Concert (1996–2019), òleo sobre tela, monitor, 2 vídeos monocanal, cor, som, Institute of Contemporary Art, University of Pennsylvania em Kunsthalle Lissabon. Cortesia do artista e da 47 Canal. Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu: Performance Artist. Vista da exposição com Suffering Thespian (2000); YAWN, (2005–2009); The Lonely Loser Trilogy: Internet Concert (2018). Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu: Performance Artist. Vista da exposição com Inside Out Toys Unboxing (Compilation): Fear, Disgust, Joy, Bing Bong, Sadness, Anger (2017–2019); Unfollowers (2) (2019); Unfollowers (3) (2019); The Lonely Loser Trilogy: Mountain Bikes (2014); Self- Portrait Asian Heartthrob (2008); Deleted Stories and Unused Story Ideas (2018–2019). Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu: Performance Artist. Vista da exposição com What a Boring and Disappointing Life (2002); YAWN, (2005–2009); Bruce and Kathy (2000). Foto: Bruno Lopes

Trevor Shimizu: Performance Artist. Vista da exposição com YAWN, (2005–2009). Video monocanal, cor, som, Institute of Contemporary Art, University of Pennsylvania em Kunsthalle Lissabon. Cortesia do artista e da Electronic Arts Intermix (EAI). Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu, Deleted Stories and Unused Story Ideas (2018–2019). Vídeos monocanal, cor, som. Cortesia do artista e da Electronic Arts Intermix (EAI). Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu: Performance Artist. Vista da exposição com Emotional Month (2000). Single-channel video, color, sound.Cortesia do artista e da Electronic Arts Intermix (EAI). Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu: Performance Artist. Vista da exposição com Bruce and Kathy (2000); Unfollowers (2) (2019); Unfollowers (3) (2019). Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu, Personality Research Center (2019). Impressões, TV, leitor de DVD, livros. Cortesia do artista. Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu: Performance Artist. Vista da exposição com Personality Research Center (2019). Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu: Performance Artist. Vista da exposição com MEMOIR (2005). Vídeo monocanal, cor, som. Cortesia do artista e da Electronic Arts Intermix (EAI). Foto: Bruno Lopes.

Trevor Shimizu: Performance Artist. Vista da exposição com MEMOIR (2005). Vídeo monocanal, cor, som, Institute of Contemporary Art, University of Pennsylvania em Kunsthalle Lissabon. Cortesia do artista e da Electronic Arts Intermix (EAI). Foto: Bruno Lopes.

ICA Philadelphia: Trevor Shimizu

Trevor Shimizu: Performance Artist apresenta um panorama dos vídeos, vídeo-pinturas e intervenções online do artista, oferecendo um comentário presciente e comovente sobre afeto e identidade num momento social mediado tecnologicamente. Embora Shimizu seja reconhecido principalmente pelas suas pinturas e desenhos, as obras em que recorre a um suporte tecnológico ajudam a reformular a sua prática como uma forma expandida de performance. Frequentemente produzidos com recurso a tecnologias digitais lo-fi e de acesso generalizado, os seus trabalhos são reminiscentes das estratégias empregues por uma geração anterior de video-artistas com quem dialogou diretamente enquanto trabalhou como diretor técnico da Electronic Arts Intermix (EAI) em Nova Iorque. Da mesma forma que esses artistas produziram inicialmente trabalhos usando Sony Portapaks e outras câmaras de vídeo, Shimizu usa as ferramentas tecnológicas que tem à sua disposição para simultaneamente registar ações para a câmara e utilizar a linguagem visual dos mass media noutros suportes.

Para Shimizu, o vídeo entendido de forma expandida estabelece uma relação provocatória com a pintura. Dos filmes dos meados do século XX sobre Pablo Picasso e Jackson Pollock, nos quais o processo de trabalho do artista masculino e “génio heróico” é documentado através de marcas feitas diretamente no que parece ser a lente da câmara, aos touch screens contemporâneos, a interseção entre pintura e imagem em movimento tem cada vez mais confundido a pincelada de um pincel com o swipe de um dedo no ecrã. Na sua série de vídeo-pinturas, Shimizu associa os seus vídeos existentes a grandes telas não engradadas onde foram cortados buracos para para caber um dispositivo tecnológico. Estas molduras pictóricas para vídeo são geralmente produzidas de uma de duas maneiras: ou monocromos ou abstrações gestuais. Ainda que vídeos e pinturas sejam diferentes na sua apresentação, Shimizu vê os dois modos de trabalhar como provenientes "da perspectiva de uma personagem", o que pode ser, por sua vez, entendido como uma espécie de performance do seu papel enquanto artista.[1]

Nestas obras, a apresentação impassível torna por vezes difícil discernir entre Trevor Shimizu, o indivíduo e Trevor Shimizu, o artista como personagem. O humor seco que permeia grande parte do seu trabalho atua, assim, como uma espécie de máscara para a sua investigação crítica sobre a identidade e a apresentação do eu. Embora não exista uma única personagem representada no trabalho de Shimizu, ele tende a gravitar para a figura do "macho beta". Ao contrário das associações negativas frequentemente disseminadas por subculturas da Internet mais antagonistas, como incels, edgelords e brogrammers, Shimizu oferece uma representação mais vulnerável da subjetividade masculina mediada. Os seus retratos autoconscientes e muitas vezes autodepreciativos - do fã passivo ao romântico rejeitado, bem como as suas fantasias idealizadas de outros possíveis eus - falam-nos de inseguranças compartilhadas e de uma necessidade coletiva de pertencer.

— Alex Klein, Dorothy & Stephen R. Weber (CHE’60) Curator

Institute of Contemporary Art, University of Pennsylvania, Philadelphia

Trevor Shimizu (1978; vive e trabalha em Long Island City, NY) expôs individualmente no Rowhouse Project, Baltimore; e Kunsthal Charlottenborg, Copenhaga. O seu trabalho foi mostrado na Electronic Arts Intermix, Nova Iorque; na White Columns Annual, Nova Iorque; na Whitney Biennial, Nova Iorque; no Queens Museum of Art, Nova Iorque; e no High Museum of Art, Atlanta.

Trevor Shimizu: Performance Artist é organizada por Alex Klein, Dorothy & Stephen R. Weber (CHE’60) Curator, Institute of Contemporary Art, University of Pennsylvania (ICA), em colaboração com a Kunsthalle Lissabon, como parte do seu décimo aniversário. A colaboração resulta do projeto I is for Institute, co-organizado com o ICA Spiegel-Wilks Curatorial Fellow Tausif Noor, que examina as perceções e parâmetros de funcionamento de instituições de arte contemporânea com vista a criar um diálogo sobre como as podemos re-imaginar. O projeto desenvolve-se a partir de um conjunto de colaborações expositivas e conversas com curadores em torno de reflexões sobre os seus contextos locais e institucionais. As conversas encontram-se arquivadas em iisforinstitute.icaphila.org.

[1]“Confusing and Accurate and Deadpan: Trevor Shimizu Interviewed by C. Spencer Yeh,” BOMB, February 19, 2019, https://bombmagazine.org/articles/confusing-and-accurate-and-deadpan-trevor-shimizu-interviewed/.

Apoio para a pesquisa e desenvolvimento de I is for Institute recebido do The Pew Center for Arts & Heritage.
A Kunstalle Lissabon é apoiada pela República Portuguesa / DGArtes, FfAI, Coleção Maria e Armando Cabral. O projeto Trevor Shimizu: Performance Artist conta ainda com o apoio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, Fundação EDP, Galerias Municipais/EGEAC, Galeria Francisco Fino, MONITOR LISBON e Galeria Vera Cortês.

Read Room Page