Kunsthalle Lissabon

Manuel Solano, Jacuzzi, 2021. Jacuzzi, 2021. Acrílico sobre tela. 215 x 215 cm. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Manuel Solano, Jacuzzi, 2021. Vista da exposição com Jacuzzi, 2021; Lavabo, 2021. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Manuel Solano, Jacuzzi, 2021. Sala de Espera, 2021. Acrílico sobre tela. 215 x 215 cm. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Manuel Solano, Jacuzzi, 2021. Vista da exposição com Sala de Espera, 2021; Jacuzzi, 2021. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Manuel Solano, Jacuzzi, 2021. Lavabo, 2021. Acrílico sobre tela. 215 x 165 cm. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Manuel Solano, Jacuzzi, 2021. Vista da exposição com Sala de Espera, 2021. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Manuel Solano, Jacuzzi, 2021. Vista da exposição com Lavabo, 2021; Escalera, 2021. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Manuel Solano, Jacuzzi, 2021. Escalera, 2021. Acrílico sobre tela. 215 x 165 cm. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Manuel Solano, Jacuzzi, 2021. Vista da exposição. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Manuel Solano, Jacuzzi, 2021. Vista da exposição com Jacuzzi, 2021. Kunsthalle Lissabon, Lisboa. Foto: Bruno Lopes.

Manuel Solano: Jacuzzi

Kunsthalle Lissabon apresenta Jacuzzi, a primeira exposição individual em Portugal de artista mexicane Manuel Solano, radicade em Berlim.

Algumas perspetivas moldaram toda a nossa percepção do mundo, outras permaneceram gravadas na nossa memória e, como um cheiro, serão sempre capazes de nos levar para longe de qualquer coisa que estivermos a fazer, enviando-nos de volta ao mesmo lugar e momento em que “cheiramos” aquele vislumbre pela primeira vez. Algumas perspetivas podem mudar, como costuma acontecer com as coisas que as rodeiam, mas a sensação que a sua primeira memória evoca nunca vai mudar, pelo contrário, só tende a aumentar de intensidade com o tempo.

É a partir dessas reminiscências, profundamente gravadas na memória de Manuel Solano, que ê artista cria as suas pinturas. Depois de Solano perder a visão no decorrer de uma infeção relacionada com o víruis do HIV, a paisagem mental à qual se agarra revelou-se o ponto de partida de um universo repleto de referências visuais à cultura pop, lugares imaginários e experiências passadas.

Em Jacuzzi, quatro grandes pinturas retratam quatro perspetivas que ê artista nunca experienciou na sua vida. Tendo por base este pano-de-fundo mental, Solano retrata coisas que outras pessoas não conseguem ver senão através das suas pinturas. Uma porta que parece enquadrar perfeitamente o sofá de couro de uma sala de espera; uma cama desfeita vista a partir de um jacuzzi; uma escada em espiral rodeada de plantas; e um lavatório preto com sabonete verde e uma toalha vermelha.

A prática de Solano envolve a aplicação de tinta na tela com as próprias mãos e com o que denomina por abordagem “háptica”: usando alfinetes, cordel e limpadores de cachimbo que funcionam como um mapa, delineia diferentes áreas na tela. Através desse método, Solano criou uma impressionante, íntima e poderosa série de pinturas em grande escala que retratam ícones pop, atrizes de Hollywood e formidáveis figuras femininas que compõem um panteão autobiográfico das suas influências formativas. É a partir da sua exposição individual Heliplaza no espaço Pivô, em São Paulo, que estas figuras começaram a ser substituídas por memórias da decoração e da arquitetura que marcaram não só a infância de artista, mas também formaram a sua conceção de espaço e sociedade na definição da sua personalidade. Em Jacuzzi, juntamente com a série An Interior, A Sensation, An Instant from 2019, a imaginação de artista tornou-se a matéria-prima das suas pinturas, que adquirem vibrações mais sensuais e sombrias, mas onde a arquitetura e a decoração ainda parecem desempenhar o papel principal.

Através desta série de pontos de vista, ê artista percorre a energia da sua imaginação, mas também as linhas estruturais que parecem ter moldado sua ideia de mundo.
Manuel Solano disse uma vez: “Não tenho interesse absolutamente nenhum em fazer arte se não for sobre mim. Não vejo o propósito”. Nada melhor do que as suas palavras sinaliza a auto-expressão sem remorso como o lugar derradeiro para a ação política.

Manuel Solano nasceu na Cidade de México em 1987. Atualmente vive e trabalha em Berlim.
Exposições individuais: Heliplaza, Pivô (2021), Seized by the Left Hand, Dundee Contemporary Arts (2020), Portraits, Peres Projects, Berlim (2019), I Don’t Wanna Wait For Our Lives To Be Over, ICA, Miami (2018), Oronda, Open Forum, Berlim (2018), PUNCHIS PUNCHIS PUNCHIS PUM PUM PUNCHIS PUNCHIS PUNCHIS, Museo de
Arte Carrillo Gil, Cidade do México (2016), Inherent Vice | Manuel Solano, Galería Karen Huber, Cidade do México (2016). Exposições coletivas: City Prince/sses, Palais de Tokyo, Paris (2019), FR –Visual AIDS, PARTICIPANT INC, Nova Iorque (2019), Strange Messengers, Peres Projects, Berlim (2018), 2018 Triennial: Songs for Sabotage, New Museum, Nova Iorque, THEMSELVES, Portland Institute for Contemporary Art, Oregon (2017), Straight From Mexico City, Ruiz-Healy Art, San Antonio (2016), Open Sesame, Lumber Room, Portland, Oregon (2016).

A Kunsthalle Lissabon é generosamente apoiada pela República Portuguesa / DGArtes e pela Coleção Maria e Armando Cabral.

Read Room Page